domingo, 6 de junho de 2010

O DESAFIO DE CONVIVER

Mateus 6:5-15

5 “E quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de ficar orando em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos outros. Eu lhes asseguro que
eles já receberam sua plena recompensa.
6 Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará.
7 E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos.
8 Não sejam iguais a eles, porque o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem.
9 Vocês, orem assim: “Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.
10 Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
11 Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.
12 Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.
13 E não nos deixes cair ema tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
14 Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará.
15 Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas.

Conviver (lat convivere) vti e vint Ter convivência, ter intimidade, viver com outrem. Depois de começar e conhecer aqueles que estão ao seu redor, é necessário se integrar no grupo, ou seja, incluir-se de maneira coerente de maneira tal que todos os que estão em seu grupo possam se conhecer melhor, e assim, torná-lo forte. (Dic. Michaellis)

“Aprendemos a voar como pássaros, e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos.”
Martin Luher King

A convivência é um grande desafio, pois passa pela regra da intimidade com Deus. Se eu não conseguir “conviver” com o meu irmão voluntariamente, como posso dizer que amo a Deus que não o vejo? (I Jo. 4:20 – “Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.”) Conviver exige de nós pelo menos três atitudes:

1.       A atitude de ter uma comunhão verdadeira com Deus (v. 9b) – Quando Jesus orou “Pai nosso...” Ele estava proclamando a seriedade da convivência revelando o propósito para qual a igreja iria ser constituída. Não existe igreja sem comunhão com Deus e não existe comunhão com Deus sem um relacionamento “maduro” entre irmãos.

ü  Se você ama a Deus precisa amar o seu irmão. É uma ordem! (I Jo. 4:21 “Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.”)
ü  Preciso manter um compromisso verdadeiro com Ele, pois Ele já tomou a iniciativa a nosso respeito. (I Jo. 4:19 “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”)

2.       A atitude de estar no centro da Vontade de Deus. (v. 10b) – Quando nós sentimos que estamos fazendo a vontade do Pai, é a confirmação de que já tenho uma comunhão com Ele. É estar sempre disposto a obedecê-lo sem reservas. Esta atitude me faz reavaliar as posturas tomadas em relação ao meu próximo e resolver todas as pendências com ele.

ü  Fazer a vontade de Deus é Ser discípulo de Jesus.  (João 13: 35 “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”.)
ü  Fazer a vontade de Deus é aprender a conviver aceitando o próximo sem restrições.  (Rm. 15: 7 “Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus.”)

3.       A atitude de perdoar. (v. 12b) – Palavrinha difícil essa que atrapalha a comunhão dos santos. É mais fácil aturar, pra alguns. Não é assim que Jesus ensinou em relação à convivência que precisamos desenvolver com o nosso irmão. Desenvolver um caráter cristão passa sem sombra de duvida pelo poder de perdoar. Quando Jesus diz: “... assim como perdoamos..., arremata que não existe outra via para o perdão de Deus para as nossas vidas, passa pelo funil do relacionamento com o próximo.

ü  Não existe convívio cristão onde não há perdão. (Ef. 4:32) 32 “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.”
ü  A atitude de perdoar precisa ser sincera. (Lc. 17:3-4) “Tomem cuidado.“Se o seu irmão pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe. Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e disser: ‘Estou arrependido’, perdoe-lhe”.
ü  O perdão traz cura pra você e pra quem você perdoou. (Marcos 2:9-12) “Que é mais fácil dizer ao paralítico: Os seus pecados estão perdoados, ou: Levante-se, pegue a sua maca e ande? Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados” disse ao paralítico “eu lhe digo: Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa”. Ele se levantou, pegou a maca e saiu à vista de todos, que, atônitos, glorificaram a Deus, dizendo: “Nunca vimos nada igual.”

MANTENDO A UNIDADE (PARÁBOLA ATUAL)

Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, e juntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele forte inverno.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, e afastaram-se feridos, magoados, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus companheiros.
Doíam muito...
Mas, essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados, os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver, resistindo à longa era glacial.
Sobreviveram...
É fácil trocar palavras, difícil é interpretar os silêncios !
É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar !
É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração !
É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor !
É fácil sentir o amor, difícil é conter sua torrente !


A saúde do seu grupo e a sua, depende de como você convive com seus irmãos. Você precisa deles, ele precisa de você. Estar em comunhão com Deus, fazer sua vontade e perdoar quem lhe ofendeu são pontos básicos para o convívio. Deixa Deus te curar para que você possa aproveitar o melhor da comunhão com os santos ai onde você se reúne.